É preciso outras fontes de energia renováveis”, alerta professor e doutor em energética.
- Daniel Ferreira | Jornalista 4140 DRT/PE
- 5 de abr. de 2016
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De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a participação das hidrelétricas na produção de energia no Brasil deve cair para 65%. Já no início da próxima década, em contrapartida, a carga de energia crescerá 4,2% ao ano, passando dos atuais 63 mil megawatts médios para mais de 91 mil megawatts em 2022.
Recentemente, o período de estiagem e escassez de água, com o esvaziamento das represas, ameaças ao abastecimento, racionamento de energia em alguns estados e temor de futuros apagões, lançou luz sobre o assunto e revelou uma conta difícil de fechar: o crescente aumento da demanda por energia elétrica e a capacidade de oferta menor que o consumo.
Os impactos ambientais na construção das usinas hidrelétricas é motivo de polêmica nas discussões desenvolvimento sustentável. Para que a usina funcione é necessário um reservatório. Sua construção acaba afetando consideravelmente a fauna e flora local.

Para o professor e pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco e doutor em Energética pela Universidade de Marselha/França, Heitor Scalambrini Costa, é fundamental rever as formas de produção energética no Brasil. “De uma hora para outra, a floresta vira lago. Muitas espécies animais acabam fugindo do seu habitat natural durante a inundação. Diante do cenário de produção energética do Brasil, é preciso outras fontes de energias renováveis e limpas, sem agredir o meio ambiente”, alerta o Scalambrini.
O tema da “Energia” é um assunto que preocupa não só esta geração, mas é um desafio para o futuro da sociedade. É preciso aprofundar os debates sobre os desafios e os impactos causados pela produção energética, e exigir das autoridades formas mais limpas de energia, que tragam menos impactos ao meio ambiente, como a eólica e a solar.
Daniel Ferreira | Jornalista 4140 DRT/PE
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